Já fomos jovens. Sabemos como as coisas costumavam ser.
Sabemos que as pernas tremiam e que os corpos dançavam sem percebemos muito bem como, mas eles lá se entendiam. Sabemos como o peito ficava pesado e como o ar custava a entrar (e a sair). Só de nos vermos, o coração parava e batia desenfreadamente - alternadamente e sem ponto intermédio.
Tudo éramos nós e nós éramos tudo.
Não havia mais ninguém nem coisa alguma naqueles instantes. Só o calor do teu abraço, que me segurava suspenso no ar e me embalava o coração.
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Eu escrevi-lhe uma canção e ela não a percebeu. Ou fingiu que não a percebeu.
E eu percebi, nesse instante, que não valia a pena escrever-lhe mais canções - muito embora tal epifania não tenha impedido que o tivesse continuado a fazer.
Ontem fui presentado - pelo meu amigo Gravito - com um vídeo que me fez lembrar dela.
Depois lembrei-me da outra e percebi que estou arruinado.
E depois emocionei-me com a beleza que há no mundo.
(Não necessariamente por esta ordem; até pode ter sido o caso de ter sentido tudo isto ao mesmo tempo.)
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