Sinto que ainda não te agradeci o suficiente.
Contigo, sinto que posso ir a todo o lado, nada é impossível.
Os poemas (e os poetas) fazem finalmente sentido.
Não há amarras: sou quem sou e tu, independemente e, ao mesmo tempo, por causa disso, gostas de mim.
No final do dia, em cada ida para casa, eu sei que estarás lá.
Obrigado, 68-78-QN.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Ela Não Me Vai Levar (dedicado ao Pequeno Mago)
Vai procurar outro inferno, este já tem dono
Se ela chegar neste Inverno que me procure em meu sono
Eu sei o que andas a fazer
Não vale a pena esconder
Eu sei que me vais levar
Mas acredita que este é o pior lugar para se estar se estiveres em meu lugar
Eu aprendi com o meu avô o truque dela: ela vai tentar entrar pela janela.
Ela não me vai levar.
Se ela chegar neste Inverno que me procure em meu sono
Eu sei o que andas a fazer
Não vale a pena esconder
Eu sei que me vais levar
Mas acredita que este é o pior lugar para se estar se estiveres em meu lugar
Eu aprendi com o meu avô o truque dela: ela vai tentar entrar pela janela.
Ela não me vai levar.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Do Ciúme
Eu entendo os ciúmes desta forma:
Há razões objectivas e razões subjectivas para se ter ciúme.
As razões objectivas prendem-se com o comportamento do parceiro, dissimulado, engatatão, disponível, não distanciado das memórias, no fundo, pouco sério e honesto.
As razões subjectivas prendem-se, por sua vez, com a visão de quem ama, isto é, com o medo da perda ou da rejeição.
O primeiro ciúme, por assim dizer, quando não encontra arrimo na realidade, ou seja, quando há honestidade e seriedade, chega até a ser ofensivo para o parceiro.
O segundo ciúme é natural e salutar - e é aquele que acontece quando ela desperdiça tempo (precioso, nos tempos que correm).
O segundo ciúme é natural e salutar - e é aquele que acontece quando ela desperdiça tempo (precioso, nos tempos que correm).
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Meu Pai
Meu pai ensinou-me (apenas) duas coisas e ambas em forma de brocardo:
1.º
Se lavares os dentes com metade da pasta, lavas sempre os dentes e o dobro das vezes.
2.º
Quem não tem nada para dizer cala-se.
Errata: O meu pai quase me ensinou duas coisas (a julgar por este post / blog).
1.º
Se lavares os dentes com metade da pasta, lavas sempre os dentes e o dobro das vezes.
2.º
Quem não tem nada para dizer cala-se.
Errata: O meu pai quase me ensinou duas coisas (a julgar por este post / blog).
Por Falar Em Memórias (Que Ela Tem Bem Mais Que Eu)
Tell me you're mine
Baby, tell me you're mine to break the ice.
Who is this guy?
Baby, tell me you're mine to break the ice.
Who is this guy?
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
"does it make it alright? it doesn't make it alright"
look around at all the plastic people
who live without a care
try to sit with me around my table
but never bring a chair
does it make it alright? it doesn't make it alright.
who live without a care
try to sit with me around my table
but never bring a chair
does it make it alright? it doesn't make it alright.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Dias de Festa
Hoje fez-se anos.
E é em dias como o de hoje que as saudades mais atacam e me toldam o raciocínio.
Nunca ninguém me explicou ou - sequer - tentou explicar o conceito de perda e, por mais que o tempo passe, revelo, cada vez mais, uma sofrida incapacidade em o interiorizar.
As imagens repetem-se na cabeça, as poucas que ainda recordo, os aromas surgem e desaparecem instantaneamente e sinto, ainda que por breves momentos, o vosso toque na pele.
Que saudades, meus queridos, que terríveis saudades vossas.
E, acrescendo ao vazio que sinto no peito, provocado pela solidão da vossa perda, vem esta imensa dor no coração, este quase infindável sufoco, esta tristeza que - como uma onda que vai e vem, vai e vem, vai e vem e depois se mistura com a maré - me inunda.
Esta tristeza que é, a pouco e pouco, e por muito que me esforce e tente e me concentre, já não conseguir lembrar-me das vossas vozes.
Que saudades, meus queridos, que eternas e terríveis saudades vossas.
Do vosso (agradecido e orgulhoso) neto,
Indieotta
E é em dias como o de hoje que as saudades mais atacam e me toldam o raciocínio.
Nunca ninguém me explicou ou - sequer - tentou explicar o conceito de perda e, por mais que o tempo passe, revelo, cada vez mais, uma sofrida incapacidade em o interiorizar.
As imagens repetem-se na cabeça, as poucas que ainda recordo, os aromas surgem e desaparecem instantaneamente e sinto, ainda que por breves momentos, o vosso toque na pele.
Que saudades, meus queridos, que terríveis saudades vossas.
E, acrescendo ao vazio que sinto no peito, provocado pela solidão da vossa perda, vem esta imensa dor no coração, este quase infindável sufoco, esta tristeza que - como uma onda que vai e vem, vai e vem, vai e vem e depois se mistura com a maré - me inunda.
Esta tristeza que é, a pouco e pouco, e por muito que me esforce e tente e me concentre, já não conseguir lembrar-me das vossas vozes.
Que saudades, meus queridos, que eternas e terríveis saudades vossas.
Do vosso (agradecido e orgulhoso) neto,
Indieotta
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Morangos Com Acetona
Ele sentou-me à sua frente.
Agitava compulsivamente a colher na chávena do café (que já havia tomado) e fitava incessantemente a mesa.
Não tinha qualquer expressão na face.
E eu, como sempre faço, levei as minhas mãos à sua cara e, antes de lhe acariciar o rosto, obriguei-o a olhar-me nos olhos.
Ele, que não é dado à espontaneidade, provando o seu doce sabor, disse-me, fechando os olhos, com vergonha:
Acho que precisamos de um tempo.
Eu, que não sou dado à surpresa, sentindo a sua dureza, disse-lhe, desviando o olhar da sua presença:
Acho que devias ir para a puta que te pariu.
Até hoje.
Agradeço-te a franqueza, filho da puta.
Agitava compulsivamente a colher na chávena do café (que já havia tomado) e fitava incessantemente a mesa.
Não tinha qualquer expressão na face.
E eu, como sempre faço, levei as minhas mãos à sua cara e, antes de lhe acariciar o rosto, obriguei-o a olhar-me nos olhos.
Ele, que não é dado à espontaneidade, provando o seu doce sabor, disse-me, fechando os olhos, com vergonha:
Acho que precisamos de um tempo.
Eu, que não sou dado à surpresa, sentindo a sua dureza, disse-lhe, desviando o olhar da sua presença:
Acho que devias ir para a puta que te pariu.
Até hoje.
Agradeço-te a franqueza, filho da puta.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Dar Um Tempo (Ao Tempo)
Ela virou-se para mim e disse-o.
Não teve contemplações nem condescendências. Isso é para os fracos e ela é tudo menos isso.
Ela é tudo e não é nada porque não existe. Só existe quando a vemos e quando a vemos não vemos mais nada.
Ela encontrou-me (andava eu fugido) e disse-o.
Preciso de um tempo. Precisas de tempo.
O meu peito inchou tanto que senti as costelas comprimidas contra os órgãos que carrego (os poucos que ainda carrego).
E foi assim, tal e qual. Sorriu-me, matreira, e, sem me deixar expirar, desapareceu.
Até hoje ainda não a perdoei (tenho dúvidas que algum dia o faça) por (não) me ter poupado.
Sei que anda perto.
Ainda nos encontramos, morte.
Não teve contemplações nem condescendências. Isso é para os fracos e ela é tudo menos isso.
Ela é tudo e não é nada porque não existe. Só existe quando a vemos e quando a vemos não vemos mais nada.
Ela encontrou-me (andava eu fugido) e disse-o.
Preciso de um tempo. Precisas de tempo.
O meu peito inchou tanto que senti as costelas comprimidas contra os órgãos que carrego (os poucos que ainda carrego).
E foi assim, tal e qual. Sorriu-me, matreira, e, sem me deixar expirar, desapareceu.
Até hoje ainda não a perdoei (tenho dúvidas que algum dia o faça) por (não) me ter poupado.
Sei que anda perto.
Ainda nos encontramos, morte.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Partir
É sempre triste quando vemos o homem da nossa vida partir.
Ficam as memórias a estalar no interior da cabeça.
À tua!
Ficam as memórias a estalar no interior da cabeça.
À tua!
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Olhos Tristes
A sensação de se poder ser mais e melhor do que aquilo que se é na realidade (e não o ser) é avassaladora e estremece, ondulante, em cada canto de mim.
É como se eu me visse de fora para dentro e percebesse que o que vejo é tão pouco quando comparado com aquilo que os meus outros olhos - aqueles que me vêem de dentro para fora - conseguem vislumbrar.
E é talvez por isso que os meus olhos são tristes - como ela diz.
Quisesse o mundo ver-me pelos seus olhos lindos - como eu digo.
É como se eu me visse de fora para dentro e percebesse que o que vejo é tão pouco quando comparado com aquilo que os meus outros olhos - aqueles que me vêem de dentro para fora - conseguem vislumbrar.
E é talvez por isso que os meus olhos são tristes - como ela diz.
Quisesse o mundo ver-me pelos seus olhos lindos - como eu digo.
Hoje II
eu hoje acordei já era amanhã
eu hoje acordei deitado no sofá
eu hoje acordei e ainda a dormir
entendi que hoje ninguém está por vir
não há gente à minha espera a sorrir no portão
não há planos traçados a aguardar direcção
há desejo de dormir, mas ainda mal acordei
é isto que eu sou, vejam no que me tornei
eu vejo sites porno em busca de emoção
quando tudo o que quero é que me segurem a mão
é ter a vida que todos sonham, todos sonham para si
mas que eu nunca, nunca, nunca, nunca percebi
é olhar para ela e ver-me em seus olhos
no princípio de tudo, na sua saia de folhos
é desejar que esses dias nunca tivessem passado
é sonhar, mas como acordei, eu sonho acordado
preciso de algo bom na minha vida
para não ter medo de adormecer
preciso de algo bom na minha vida
para conseguir acordar
preciso um pouco mais de mim
na minha vida.
eu hoje acordei deitado no sofá
eu hoje acordei e ainda a dormir
entendi que hoje ninguém está por vir
não há gente à minha espera a sorrir no portão
não há planos traçados a aguardar direcção
há desejo de dormir, mas ainda mal acordei
é isto que eu sou, vejam no que me tornei
eu vejo sites porno em busca de emoção
quando tudo o que quero é que me segurem a mão
é ter a vida que todos sonham, todos sonham para si
mas que eu nunca, nunca, nunca, nunca percebi
é olhar para ela e ver-me em seus olhos
no princípio de tudo, na sua saia de folhos
é desejar que esses dias nunca tivessem passado
é sonhar, mas como acordei, eu sonho acordado
preciso de algo bom na minha vida
para não ter medo de adormecer
preciso de algo bom na minha vida
para conseguir acordar
preciso um pouco mais de mim
na minha vida.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Aplicas Um Pouco de Pressão
What happens when you lose everything
you just start again
you start all over again.
you know that I would love to see you in that dress
I hope that I will live to see you undressed.
you just start again
you start all over again.
you know that I would love to see you in that dress
I hope that I will live to see you undressed.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Sinto-te Falta
Mãe:
Largaste-me da mão
E o meu cair é tão mais frequente.
Mãe:
Largaste-me da mão
E agora sou tão diferente.
Mãe:
Se esse dia fosse hoje
Eu não te tinha dito o que disse
Tu conheces o meu jeito errado de ser.
Hoje mais que nunca mãe
eu errei o caminho, mãe.
Hoje mais que nunca mãe
eu acabei sozinho, mãe.
A minha mão ainda procura a tua mão, mãe.
PS - Adorei as tostas mistas, o sumo de laranja e os morangos, mãe.
Largaste-me da mão
E o meu cair é tão mais frequente.
Mãe:
Largaste-me da mão
E agora sou tão diferente.
Mãe:
Se esse dia fosse hoje
Eu não te tinha dito o que disse
Tu conheces o meu jeito errado de ser.
Hoje mais que nunca mãe
eu errei o caminho, mãe.
Hoje mais que nunca mãe
eu acabei sozinho, mãe.
A minha mão ainda procura a tua mão, mãe.
PS - Adorei as tostas mistas, o sumo de laranja e os morangos, mãe.
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