sexta-feira, 29 de julho de 2011

Meaning of Life

"Cada um que salvo é um degrau que subo fugindo do inferno."

Epístola de S. Pedro aos Crustáceos.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Coisas Engraçadas Mas Sem Piada Nenhuma

É engraçado quando pensamos que somos únicos e que o que vivemos é que conta e depois percebemos que tudo não passa de uma repetição, mas com diferentes personagens.

E não vale a pena escondê-lo, porque mais cedo ou mais tarde damos de cara com isso numa esquina dessa internet: os elogios são para os outros e, no fim do dia, nós precisamos igualmente deles como de pão para a boca - mas foram para os outros.


Fica no coração o que é de facto original.

sábado, 23 de julho de 2011

Bitch Please

Também há comparações sem como: são as metáforas.

Contador de Histórias - Parte VII

Ele já percebe o mundo. Ele vai perceber e não vai aguentar o sofrimento.

Ela não. Ela ainda não consegue ver para lá da sua casa de bonecas de trapos.

Levem-na. Mas por favor contem-lhe uma história.- soluçava o pai enquanto um dos homens levava a sua filha pelo braço.

Uma história? Claro que lhe contaremos uma história. - replicava o homem, olhando para o pai pelo ombro e ostentando um pequeno sorriso no canto da sua boca seca.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Todo o Meu Espaço (Letra Original)

Tenho de lavar o meu coração
Tirar o sarro negro a sabão
E tingi-lo de branco

E no entretanto
Confiar na sorte de um homem
Que nunca foi muito chegado ao azar.

Tudo o que ficou por dizer é tanto para calar
Mas se um dia te encontrar vai faltar a coragem para dizer
Portanto mais vale calar.

Ouvi-la falar é como se me visse ao espelho
Em cada queixa um devaneio
Coisas que deixámos na puberdade

Mas agora que é preciso falar verdade
Sem esconder o esqueleto do passado
Ela ocupa todo o meu espaço

E sem dar por ela
Ela acaba por ocupar todo o meu espaço
Todo o meu espaço.

Tudo o que ficou por dizer é tanto para calar
Mas se um dia te encontrar vai faltar a coragem para dizer
Portanto mais vale calar.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Not Even Jail (Letra Alternativa)

eu prometo pesar bem as coisas
tudo na sua devida medida
na balança que trago no peito

de um lado o amor
do outro lado o desprezo
na balança que trago no peito

insensível ao teu peso
permiável a falas mansas
na balança que trago no peito

e é tudo.

caminhas na tua direcção
para dentro da bolha
até veres de novo a razão
para teres feito essa escolha
e não há mais nada que possas dizer
em tua defesa.

o silêncio ganhar novas cores
quando o gritamos a plenos pulmões
e a consciência do mal que fazemos
costuma provocar convulsões
nos mais pequenos
mas só a quem não é de pedra
mas só a quem não é de pedra

eu assumo isso como um acto de guerra.

é o momento de que precisas para fazer valer a tua versão
enquanto te explico um pouco dos contornos do meu coração

podemos dar as mãos enquanto fazemos velhos amigos?


caminhas na tua direcção
para dentro da bolha
até veres de novo a razão
para teres feito essa escolha
e não há mais nada que possas dizer
em tua defesa.


Diz Me Se Aprovas (Letra Alternativa)


Foi a tua curiosidade que nos levou até aqui

Se não tivesses perguntado não terias ouvido a resposta

Foi assim que o mundo acabou; um passo maior que a perna:

Espreita por cima dos óculos se não quiseres tropeçar outra vez


É o que ela te mostra; e o que ela nos mostra

É só fachada e a sua entrada – bem fechada, a sua entrada

É bem gelada, a minha entrada – é a fachada, bem fechada


São teus receios: são só mensagens e as suas margens

Margens de dúvida e sua súplica: não queres mais, não tens de ter mais;

São perdas a mais, perdes demais.


Não posso esperar, mas vou esperando, vou respondendo e atestando

Mais uma mensagem e sua margem – são só receios sem os seus freios


Outra vez – outra vez.

sábado, 9 de julho de 2011

Contador de Histórias - Parte VI

Como poderia escolher um dos filhos? Deveria ligar à polícia? E se eles levassem mesmo os dois meninos?
Tantas eram as perguntas e nenhumas as respostas que a sua cabeça rodopiava como um carrossel - brilhante e imparável. O pai foi obrigado a sentar-se tal era a náusea que atravessava a sua cabeça (e espírito).
De olhos fechados e já focando um ponto imaginário na sua cabeça, estabilizou as suas emoções, condensando no peito o amor pelos seus meninos. De seguida, num movimento contínuo, suave mas grave, o pai dirigiu-se ao quarto – uma pequena divisão com uma única cama.
Os meninos dormiam profundamente, alheados do mundo e mergulhados no cansaço que carregaram todo o dia até à cama. Confrontado com aquela imagem, o pai teve um momento de paz.
A menina era pequenina e ainda conversava em si sonhos de princesas e de reis. Antes de adormecer, o irmão contava-lhe histórias de mundos que não existem nem nunca existiram, mundos em que, no final do dia, os cavaleiros derrotam os dragões e casam com as donzelas. Assim era a menina e, por muito fantasioso que possa parecer, a sua cara reflectia a ingenuidade pura de quem tem sonhos.
O menino era mais crescido do que os outros meninos da sua idade. A verdade é que desde cedo se sentiu responsável pela sua irmã, tratando-a, em certas situações, como sua própria filha. Não que essa tarefa lhe tenha sido intencionalmente delegada pelo pai, mas a própria natureza dos meninos – a doçura e ingenuidade da menina; a bondade e sagacidade do menino – originou esta (não tão peculiar) relação familiar.
Não evitou derramar lágrimas quando viu a menina aninhada no colo do irmão e este com o braço protector à volta do seu pescoço.

domingo, 3 de julho de 2011

Agradecimento Muito Especial

Gostava de agradecer à pessoa que foi dar ao blog através da seguinte pesquisa no google:

"quero comer o indieotta"

A você, querido leitor, o meu muito obrigado.