segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dar Um Tempo (Ao Tempo)

Ela virou-se para mim e disse-o.

Não teve contemplações nem condescendências. Isso é para os fracos e ela é tudo menos isso.

Ela é tudo e não é nada porque não existe. Só existe quando a vemos e quando a vemos não vemos mais nada.

Ela encontrou-me (andava eu fugido) e disse-o.

Preciso de um tempo. Precisas de tempo.

O meu peito inchou tanto que senti as costelas comprimidas contra os órgãos que carrego (os poucos que ainda carrego).

E foi assim, tal e qual. Sorriu-me, matreira, e, sem me deixar expirar, desapareceu.

Até hoje ainda não a perdoei (tenho dúvidas que algum dia o faça) por (não) me ter poupado.

Sei que anda perto.

Ainda nos encontramos, morte.

3 comentários:

  1. Quando cá venho apetece-me sempre repetir partes em voz alta.
    "Preciso de um tempo. Precisas de tempo."

    ResponderEliminar
  2. tu queres é ir ter com a irmã boa dela.que deixa-me dizer é uma coisa muito "cisne negro", agora que o sei.

    ResponderEliminar
  3. Querido Anónimo,

    Muito honrado fico com as suas palavras, as quais posso apenas atribuir ao espírito bom e condescendente que presumo terá.

    Volte sempre que será bem recebido.
    _________________________________________________

    Querida Joana Banana,

    Partilho do seu entendimento. Um dia, com a graça e força de deus, escreverei (ou, melhor, escrevinharei)esse rocambolesco episódio.

    Um grande bem haja.

    ResponderEliminar

Viva. Está prestes a deixar o seu comentário em o Indieotta. Pense duas vezes antes de o fazer. Obrigado