Num rasgo de lucidez impossível para uma criança tão pequena, o menino sentiu a história do contador de histórias como se fosse a sua própria história e não aguentou esse sentimento dentro do seu também pequeno peito.
As lágrimas escorriam-lhe pela cara sem que as sentisse cair.
Correu o mais que pôde para o avô e, já abraçado, com a cabeça tombada no seu ombro, inquiriu: "Nunca me vais abandonar, pois não?"
O avô não respondeu.
Limitou-se a abraçá-lo com um pouquinho mais de força e a deslizar a sua mão do pescoço até o cocuruto da cabeça, acariciando-lhe, assim, os cabelos.
Foi o suficiente - é sempre suficiente.
Bonito, oh.
ResponderEliminarQueremos outra.
Queres outra :)
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