quinta-feira, 30 de junho de 2011

Contador de Histórias - Parte V

O pai estava deitado no sofá de sua casa, o único sofá da casa, agarrado à barriga, desesperando por adormecer, quando ouviu – ao longe – pancadas na porta.

Ainda naquele estado de semi-consciência, sem abrir os olhos, dando uso ao automatismo que se adquire com a vivência diária em determinado espaço (ou trajecto), o pai dirigiu-se à porta e, reconhecendo os interlocutores, convidou-os a entrar.

Eram dois senhores vestidos de preto.

Austeros e severos, utilizando um tom de voz rigoroso e uma cadência tranquila (embora empedernida), um dos homens limitou-se a dizer o seguinte:

Viemos cobrar a nossa dívida. Tem duas horas para escolher um dos seus filhos. O outro vem connosco. Caso decida falar com alguém sobre este nosso encontro, levamos os dois.

E, tal como vieram, partiram, sem acrescentar qualquer outra informação.

O pai conservava-se incrédulo, incapaz de assimilar o ultimato. Durante largos minutos, a sua mente quedou-se num vazio infinito de uma escuridão avassaladora, maior do que a sua própria pessoa. 

Depois, vieram - com a raiva dos furacões - as interrogações.

5 comentários:

  1. "You wanna hurt me? Go right ahead if it makes you feel any better. I'm an easy target. Yeah, you're right. I talk too much. I also listen too much. Oh, I can be a cold-hearted cynic like you, but I don't like to hurt people's feelings. But you think what you want about me. I'm not changing. I like- I like me. My kids like me. My friends like me, 'cause I'm the real article. What you see is what you get."

    oinc

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  2. Sim! Mais mais mais, queremos muito mais!

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  3. http://www.youtube.com/watch?v=ie5uQNSwIMA&feature=related

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  4. Caras Wiwia e FOC,

    Terão mais, assim Deus me ajude.


    Caros Joana Banana e Tiago,

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